domingo, 29 de abril de 2012

Duende verde

Sem tempo para o blog. Ultimamente as minhas fotos são todas dedicadas às Princesas da casa.
Não tenho tido tempo para "aventuras" cá em casa ou "bricolices", mas com o tempo começo a actualizar.

Hoje venho mostrar a minha Duende verde, com os sapatinhos e o gorro que fiz e mostrei aqui.
A nossa bebecas é muito sossegadinha, come e dorme... chora, mas é muito calminha.










quinta-feira, 19 de abril de 2012

O segundo milagre da minha vida

Na madrugada do dia 11, levantei-me para ir à casa de banho e senti umas dorezinhas... pensei "será?" mas voltei a deitar-me. Dali a pouco acordei o meu marido e disse-lhe que tinhamos que ir para o hospital - resposta dele: "Agora??! Mas eu deitei-me tardíssimo, tens mesmo a certeza?"
Deixei-o ficar, fui tomar banho, arranjei-me e as dores aguentavam-se por isso voltei a acordá-lo e disse-lhe que tinhamos mesmo que ir. Acordei a Catarina e em robe, com uma mantinha, lá fomos nós a caminho do hospital.

Podia ter ido para o hospital da minha área de residência, podia. Mas como sou teimosa, tinha que ir para Cascais. Segundo o meu marido "tu gostas é dessas mariquices!" mas, não gostamos todas? E eu tinha a certeza que ficava melhor em Cascais, perto da minha sogra para dar assistência à Catarina, enquanto o jeitoso estivesse comigo.

A meio da autoestrada é que foi o bonito... as dores apertavam e ainda hoje me pergunto como não arraquei o apoio do braço da porta do carro. Em Aveiras, na A1 as dores eram tantas, tantas que eu já não conseguia controlar-me,  e o meu marido não sabia o que fazer ao ver o pânico em que eu estava.
Mesmo a chegar à A5, a entrada para Cascais e para o hospital, senti uma pressão enorme e as águas rebentaram.
O meu marido é um excelente condutor, sei que conduz depressa (quando pode) mas tenho confiança nele. Logo naquele dia que eu queria que ele voasse, não passava dos 160km/h e dizia "Isto é um carro velho! Não posso ir mais depressa!"
E ainda queria parar nas portagens...
Eu gritava de um lado, e ele do outro dizia muito calmamente "tu queres-me lixar a vida..." (hoje rio-me ao lembrar das palavras dele, mas na altura estava capaz de lhe arrancar os dentes). Passou na via verde e o caso não era para menos. Dois minutos nas portagens seriam suficientes para eu ter a criança dentro do carro.

A minha filha no banco de trás, muito caladinha, dava-me uma mão e colocava a outra na minha testa, dizendo "eu sei que tu és forte mãe..."


Ao chegar ao hospital, eu senti-a a cabeça da bebé lá mesmo em baixo. O meu marido vem com uma enfermeira e uma cadeira de rodas, que depressa voltou para trás e regressou com uma maca (eu não me conseguia sentar, nem fechar as pernas).
Em seguida lembro-me de entrar no hospital e ver as luzes dos corredores. Implorei para me tirarem as calças (leggins, foi o que usei durante toda a gravidez) e a Sra. Enfermeira gritou "Por amor de Deus, não faça força!" ao que eu respondi, gritando também - "O QUÊ???"

E a bebé nasceu!

Foi um momento único. Senti a bebé sair completamente sozinha, só eu e ela.
A enfermeira disse:
- "Já está, 8h54m!"


Senti aquela coisinha roxa em cima de mim, com aquele choro inconfundível de um recém-nascido, o nariz muito achatado, os olhinhos escuros a olhar para mim e pensei "Oh Meu Deus, não pode ser minha!" Claro que era, o cordão umbilical ainda estava preso a mim.
Lembro-me que apenas tinha comigo o telemóvel, e assim que vi a minha princesa a reação foi imediata, tirar uma fotografia (manias que se apanham com os blogs).
Quando olhei para o raio do telemóvel e vi que não passava de um simples telefone, que apenas faz e recebe chamadas. Fiquei furiosa! É o que dá ser pobre...

Não houve médicos, ou obstetras, apenas duas enfermeiras que trataram de nós com toda a amabilidade. Levei apenas 3 ou 4 pontos, nada parecido com os que levei da minha primeira filha, e fomos as duas muito bem tratadas por toda a equipa que nos acompanhou. Em poucos hospitais as enfermeiras se dirigem a nós dizendo :"Bom dia Lúcia, o meu nome é XXX e vou estar consigo esta manhã" ou "o meu nome é XXX e vou acompanhá-la aqui ou ali".

O pai entrou em seguida, mal teve tempo de estacionar o carro, a enfermeira deu-lhe imediatamente os parabéns quando entrou no bloco.
A Catarina aguardou na sala de espera, mas foi emocionante a reação dela quando entrou no quarto à tarde e viu a mana pela primeira vez. O pai já lhe tinha mostrado as fotografias e ela disse logo que eram as duas parecidas.
De facto a Victória é mais gordinha, nasceu com 3475g, tem menos meio centimetro que a irmã, mas hoje já lhes começo a encontrar semelhanças.

Lembro-me que agradeci imenso por ser abençoada duas vezes desta maneira. Duas princesas lindas perfeitas, com saúde e o meu marido ao meu lado nesta situação toda.
Pedi ainda que  uma menina que conheço pudesse ser também abençoada desta maneira, certamente seria uma mãe muito estremosa. Todas as mulheres que o queiram, deviam poder ser mães pelo menos uma vez na vida, e sentir o dom da maternidade.
Um beijinho muito grande para ela, e estou a torcer para que um dia lhe aconteça também um milagre.

Já perdi a conta de quantas vezes comecei este post. mas não têm sido dias fáceis, o cansaço também não ajuda, mas espero em breve voltar à rotina. Hoje consegui terminar o post com uma taça de morangos com chatilly de um lado e a Victória do outro.

Agradeço a todas os vossos comentários anteriores e fico mesmo muito contente por saber que tantas de vocês estão desse lado, mesmo anónimas que nunca comentaram antes, por favor não se acanhem :D) e estejam à vontade, este blog também é vosso.

Victória 8 dias, 3520g:




sexta-feira, 13 de abril de 2012

Finalmente... VICTÓRIA!!!!

Sem palavras...













   Prometo que nos próximos posts conto a história toda, neste momento vim apenas agradecer a todas, as vossas palavras e partilhar a minha Victória com todas tias da blogoesfera que esperavam (quase) tanto por este dia como eu.
O importante é que ela veio cheia de saúde, chegámos a casa hoje e estamos muito felizes.

Um grande beijinho a todas e obrigada por tudo.