quinta-feira, 29 de março de 2018

Parece que às vezes os sonhos...

É verdade, parece que as vezes os sonhos tornam-se realidade.
Costumam dizer que quando queremos muito uma coisa ela acaba por acontecer, na altura certa, e essa não somos nos que decidimos.
No meu caso queria muito, muito ter filhos, sempre sonhei com uma casa cheia. Em casa dos meus pais éramos 5 e vivíamos perto dos meus tios, primos e avós portanto era sempre casa cheia. Quando soube que não podia ter filhos quase que tive vontade de cortar os pulsos, adoptar é muito bonito mas não é acessível a todos. Ao que parece não basta ter um coração cheio de amor para dar.
No entanto tinha 17 anos quando soube disso e pensei que quando fosse a altura talvez conseguisse com ajuda médica... qual quê. Aos 21 tinha uma princesa linda nos braços. Era uma benção portanto nem me atrevi a pedir duas...
Até que 10 anos depois o meu corpo achou que precisava de dar à luz novamente. Tenho duas filhas maravilhosas não posso pedir mais neste campo.

O que sempre pedi foi uma casa longe de tudo mas ao mesmo tempo perto da civilização. Que tivesse espaço para as nossas aventuras, árvores em volta e muito verde. Gostava de poder construir ao nosso gosto...
Demorou... Mas agora é nossa!






































Calma que isto já tem dois meses de obra, a "coisa" já está melhor.



Obrigada de coração ❤ a todas as que me deixaram mensagem e comentários neste último ano e eu não li. É mesmo muito bom saber que continuam desse lado. Obrigada pela força no último post, era impossível saberem mas é uma força enorme as vossas palavras.



quinta-feira, 22 de março de 2018

1 Ano e qualquer coisa se passou...

É verdade já se passou 1 ano e qualquer coisa desde que não vinha aqui contar nada. Muitas com saudades foram pedindo que voltasse a escrever porque adoravam passar por aqui e rir com as minha aventuras (... sério?!) outras porque se identificam, muitas gostam do meu lado genuino, e com isto parece que sou completamente transparente. Há pessoas que me conhecem pela escrita e sabem tanto de mim, felizmente descobri da melhor maneira possível.

Este ano que passou foi talvez dos piores anos da minha vida... o pior mesmo, posso afirmar. Começou logo em Janeiro. De Março a Setembro, ao nível da saúde, fui perdendo imenso sangue até ser internada de urgência com uma hemorregia, desfaleci 3 ou 4 vezes e só ouvia a minha mãe aos berros, o jeitoso a bater-me (safado aproveitou-se bem nesse dia) e as minhas filhas a chorar por me verem assim.




A hemoglobina estava a 9 fizeram-me uma raspagem, como se tivesse um aborto, só que não. Tinha o endométrio demasiado espesso, quem já conhece a historia por aqui sabe que não sou menstruada e que tenho duas filhas quase por "obra e graça do espírito santo". No dia 31 de dezembro de 2016 tive um período constante por 365 dias exactamente. Segundo a minha filha e a minha irmã foi castigo por não saber o que isso era com 36 anos.

Continuando... em maio mudei de casa, fui viver para uma casa "simpática" com apenas um quarto (uma cozinha/sala, e casa de banho) mudei a minha vida toda para lá. Mais uma das minhas maiores loucuras, antes tivesse partido uma perna.



A casa era engraçada tinha um terreno fantástico, o importante era estarmos juntos novamente, não tenho qualquer problema em falar sobre isto mas por respeito aos meus não o faço.


Acreditem que conheço famílias de 3 e 4 pessoas com casas de 2, 3 quartos, e não se conseguem mexer... Connosco funcionou.
Optei por imaginar que estava ali de férias e guardei no sótão tudo o que não usava ou necessitava no dia a dia. Os objectos eram practicamente nenhuns, o quarto ficou para elas e nós dormimos no sofá durante 8 meses.



No instagram do blog, andando para baixo conseguem ver mais algumas fotos desta casa.

O quarto delas era vermelho, vermelho sangue de boi, e a sala amarelo canário. Pode ser muito engraçado mas para mim eram facas a espetar nos olhos cada vez que entrava numa divisão. Obviamente pintei tudo de branco, no quarto o roupeiro de parede como era preto, com um vidro a meio das portas (...vermelho) colei um papel autocolante com efeito mármore e tentei decorar com alguns apontamentos pretos. Foi o que saiu para duas miúdas com idades tão diferentes. 



Também quis vender tudo o que era mobília e em boa hora o fiz, não queria guardar nada a não ser o que me fazia falta, por minha vontade até cortinas lençóis e afins tinha oferecido... mas depois iria precisar deles.

Conseguimos sobreviver... Apesar de tudo.

A família, os nossos filhos, o amor o que queiram chamar por eles vale tudo e vence tudo.
No meio desta história, entrei em depressão, devo ter tido um esgotamento ou coisa que o valha, e mais uma vez vi quem eram de facto os meus amigos e quem é que lá esteve quando precisei. Os amigos não são aqueles que passam a vida em nossa casa ou tomamos um café.
Se guardo rancor a alguém? Nenhum, as pessoas são o que são, valem o que valem, há que saber lidar com isso. Ficam as ocasiões.

Aquela história de " Ah se fosse comigo..."
Esqueçam. Eu dizia o mesmo.

Fui abaixo, bati mesmo lá no fundo, senti que não era mãe o suficiente, pus em causa as minhas filhas, fizeram-me meteram a mim, senti que não era mulher o suficiente. Logo eu que sempre fui de ideias fixas, sempre disse que se não tivesse a minha auto-estima tão bem colocada já tinha cortado os pulsos, sempre fui mãe galinha e mantive as minhas filhas no meu ninho. 
Sou mesmo daquelas mães que não suporta que lhe digam "faz assim ou faz assado" quando os filhos nascem, muito menos que lhe tirem o bebé do colo quando ele está a chorar. Isso mantem-se até à idade adulta.
Não sou melhor que ninguém, mas não há ninguém melhor que eu para as minhas filhas e não admito que o ponham em causa, nem que tentem afastar-me delas.



Posso ser avariada, mas hoje volto a ser feliz assim. Já consigo voltar a tirar fotos ( coisa que nao aconteceu durante uns bons meses), consigo voltar a rir com vontade, já durmo sem medicação e digo que nada disto se baseou em consultas ou medicamentos.

Vem de dentro.

Considero-me uma pessoa até bastante forte, há situações em que somos apanhadas de surpresa e eu sou a rainha delas, nesta altura desisti achei que já nada valia a pena. Enfim... Parece que um dia acordamos e a cabeça dá uma volta de 360º.


O melhor de 2017, foi sem dúvida ter conhecido a Helena.



Contactou-me através do instagram, percebeu onde eu morava e embora não estivesse no país queria encontrar-se comigo. Disse que era proprietária de uma discoteca e pôs-me logo a pensar "querem ver que vou dançar em cima da coluna?!"

Afinal a Helena tem uma casa de Turismo rural convidou-me a trabalhar com ela só porque simpatizou comigo no blog, diz que passava horas a ler-me. Conhece-me bem, eu começo a conhecê-la, tem uma família fantástica super simpática e tornou-se uma verdadeira amiga.

Podem seguir no instagram @casadapalmeira, além do sorriso simpático sabe receber como ninguém.

Estas fotos não lhe fazem justiça, mas a casa é realmente acolhedora, passem por lá.










Se continuo avariada? Continuo. 

Há sempre aquelas ideias parvas que não me saem da cabeça... uma delas era reconstruir uma casa antiga e ninguém acreditava.


Imaginem.



quarta-feira, 7 de março de 2018

Girls bedroom :: home tour


Penso que só ficou por publicar o post do quarto das meninas, na altura estava assim.
A mais velha entrou na idade da porta fechada, dorme de porta fechada e confesso que no início me fazia imensa confusão. E se ela precisasse de ajuda durante a noite, se ela gritasse e eu não ouvisse... ela já está crescidinha eu é que não queria dar por isso. Sempre foi muito madura para a idade e muito recatada, não ia ser diferente agora.

O quarto da Catarina







A mais nova por outro lado, o quarto é para brincar, porque ela gosta mesmo é de dormir connosco e se eu e o pai não nos importamos não quero sequer ouvir ninguém dizer "ah isso não está certo" "ah isso não é uma crescimento saudável, ela vai ser uma mimada"... com a irmã foi o mesmo e ela sempre foi super autónoma e decidida. Dormiu muitas noites connosco até aos 8 anos até eu lhe dizer que tinha que adormecer na cama dela e se depois acordasse podia então vir para o pé de nós. Asim foi até nascer a irmã, depois eu é que queria que ela dormisse connosco (eu e a irmã quando o pai não estava) e partiu-me o coração quando pela primeira vez ela respondeu "para quê??"
Cresceu tão depressa e neste último ano então só tenho saudades de morder-lhe o queixo enquanto a devorava com beijos lambusados.
 Por sorte tenho agora a mais nova que me diz ser a mãe mais doce que um chocolatinho, mimocas e sempre agarrada a mim cheia de beijos. Alguém sabe o que faz... quando uma cresceu deu-me outra para que eu não sofresse com isso ;)


O quarto da Victória