quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Tapete de relva no exterior

Após várias e inúmeras tentativas, nunca consegui plantar relva no nosso espaço exterior, mas eu gosto mais do cão e por isso desisti. Não que ele fizesse grandes buracos, havia apenas ali um canto ou outro que ele achava que existia petróleo e junto ao muro quando está muito calor é sempre certinho porque procura a terra fresca para se deitar, é mesmo muito quente o tempo por aqui.
Tentei relva de saco, relva de jardim, grama... nada. As necessidades do animal têm que ser feitas em algum lado e antes na terra que no cimento onde nós andamos muitas vezes descalços.
Quando começava a ficar bonita, depressa vinha a chuva e ficava feia, depois apareciam as ervas daninhas, a água que eu gastava no verão a regar...
Desisti.






Desisiti no dia em que fui à praia de Carcavelos depois de um festival qualquer que houve num dos parques de estacionamento em terra batida. A organização deve ter colocado estes tapetões de relva artificial enormes para o pessoal dançar sem "levantar poeira". Foi a melhor coisa que podiam ter feito!
Quando chegámos muito sinceramente nem reparei nos enormes amontoados de relva que por ali haviam, mas ao fim do dia o parque de estacionamento era quase nosso e claro "sugeri" que ele lá fosse buscar um monte. 
Ele "vai lá tu!" eu "Eu não, olha se está lá alguém a dormir debaixo??"
Andámos naquilo um bocado, "olha se aparece alguém" " e então não estamos a roubar nada isto é para o lixo".
Ele foi lá.
O jipe cheio de tralha,para avariar, na mala e o monte era enorme mas estava de tal modo embrulhado que não dava mesmo para separar ou arrumar melhor. Conseguimos fechar a porta a muito custo e fomos para casa da minha mãe. No parqueamento do prédio ele tentou dobrar aquilo da melhor maneira possível e só aí tivemos a noção dos metros que eram.
Deu para quase todo o quintal.



Sem dúvida nenhuma que deixou o nosso espaço muito mais confortável e até aparenta ser maior. Depressa me esqueci da terra, da relva natural e da água que andava a gastar. foi só colocar por cima do cimento (horroroso) e a parte da terra tentei alisar o melhor possível para que ficasse ao nível do cimento.

Estava a ficar tão agradável que lá ganhei coragem e pintei os muros e o anexo depois da chuva de óleo que o gajo fez e deixou as paredes com aquele aspetcto.
Em seguida a porta de madeira, já não havia nada a fazer, tem mesmo muitos anos aquela porta era da segunda entrada do meu sogro uma casa com mais de 40 anos. Tinha ainda um resto de tinta encarnada, daquela que pintei o chão da sala, a tinta é óptima e não podia ser melhor para pintar a porta. Gostei do resultado, fiquei logo a imaginar a cara do jeitoso mas nem refilou muito, perguntou apenas se não tinha um cor de rosa fluorescente ...  Depois do trabalho que tive a pintar o que ele sujou, quando lhe mostro o resultado final, orgulhosa do meu trabalho num dia de sol de 40º, ele olha muito seriamente com aquele ar de aprovação/desaprovação para tudo e diz-me "então pintaste ali o candeeiro"
A sério, pintei o candeeiro?! E o resto?? Deu-me vontade de lhe apertar o pescoço porque ele sozinho nunca pinta nada, estou sempre eu atrás a limpar o que ele deixa cair.



Ainda faltam umas coisas, como sempre, mas está a ficar muito mais composto. Construí uma pequena floreira para dar apoio ao grelhador. Desde o grelhador à floreira é tudo muito original.

A floreira era o que sobrou destas antigas, que entretanto desmanchei porque precisava de umas madeiras para a espreguiçadeira, coloquei uns camarões e pendurei alguns utensílios e o pano da loiça.

O grelhador são apenas uns blocos de cimento que sobraram da construção da parede da sala, umas pedras grandes que tínhamos aqui e tijolos de burro que eu adoro e alguém me ofereceu. Uma grelha de um forno antigo e voilá!










Ainda faltam alguns acabamentos, algumas pedras, outra espreguiçadeira, uma mesa de apoio, mas este já foi um verão muito agradável para nós. Mesmo as noites são muito bem passadas por aqui.

Agora em vez de gastar água a lavar o chão, aspiro e varro muitas vezes. De vez em quando também lavo e esta relva aguenta lixivia e tudo, é óptima.

Esta ideia já estava na nossa cabeça há muito tempo mas o preço destes tapetes de relva artificial  era demasiado para nós e nestas dimensões nunca vi há venda.


As plantas já referi aqui, não consigo que outras se aguentem todo ano bonitas e vistosas como as suculentas, são óptimas e adaptam-se muito bem nestes blocos de cimento em falta de canteiros melhores.





 

 Os lanches agora são ainda mais agradáveis, não pela mesa em si mas porque temos uma vista muito mais bonita. Espero que o Inverno não estrague muito a aparência que tem agora. Apesar do post chegar um pouco tarde, por aqui ainda não chegou a chuva.











Aqui alguns posts sobre o nosso exterior antes.

Este era o aspecto do nosso exterior antes: