domingo, 24 de abril de 2016

Um dia feliz

Há cerca de três anos recebi um comentário no antigo blog "Dama das camélias" (algumas leitoras ainda se recordarão dele), respondi e recebi um email. Desde aí que partilho uma amizade virtual com alguém que me faz rir a toda a hora e que partilha histórias comigo como se me conhecesse de longa data. Todos os dias há um telefonema ou uma mensagem, há sempre qualquer coisa a dizer ou uma foto a partilhar.
Segundo ela, ganhou coragem para falar comigo depois da Sofia nascer, uns meses depois da Victória. Estávamos as duas grávidas ao mesmo tempo, ela ficou de repouso e conheceu o meu blog, desde aí que "entra" na minha casa. Desde aí que descobrimos tantas semelhanças...

Muitos são os perigos que se encontram pela internet, e quem tem um blog sabe bem o que enfrenta mas até aqui em quase 6 anos, recebi apenas um único comentário menos bom de uma senhora menos feliz com a vida. Ganhei imenso com tudo o que partilho aqui e por isso tenho continuado.

Hoje foi o segundo dia em que a nossa amizade deixou de ser virtual, recebi a família dela em minha casa e adorei quando ela me disse que não se sentia visita, é mesmo isso que pretendo quando recebo alguém em minha casa. Em tom de brincadeira costumo dizer que a segunda vez que alguém é convidado deixa de ser visita e passa a arrumar a cozinha. Connosco é exactamente assim, não há cerimónias.



 Sem cerimónias, mas sem tachos na mesa. Enquanto arrumo a mesa, vou buscar qualquer coisa que me pediram e vejo um tacho com tampa na mesa. A sério, não é ter a mania mas com tanta loiça bonita o tacho só mesmo se for uma caldeirada. Devo ter feito a maior cara de espanto quando perguntei quem tinha colocado aquilo ali porque todos se riram.

A sangria estava deliciosa acho que apanhei o jeito, a carne maravilhosa e o peixe o meu preferido.

Aproveitámos para dar a conhecer um pouco a nossa zona que sem modéstia nenhuma é linda.






Apesar da distância que nos separa e de sermos apenas nós duas o elo de ligação, todos nos sentimos à vontade e as meninas entenderam-se perfeitamente.

Adorei quando se zangaram com a Catarina por causa de uma plasticina. A Victória como de costume faz a birra dela, já ninguém lhe liga, mas agora aprendeu que quando se faz mal pede-se desculpa e exigia um pedido de desculpa da irmã (que não tinha nada que dar porque a coitada não fez nada).
A Sofia que partilhava a birra com a outra às tantas pergunta "olha, mas porque é que nós estamos zangadas com ela mesmo?"

Adoro estes sorrisos sinceros e divertidos. As crianças não mentem.






 



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